Somos avaliados até ao final da faculdade. Melhor, somos avaliados até ao final da vida, mas aí com outros professores e outros critérios dos quais nunca saberemos a razão.
Mas na Universidade, ou até ao final do curso e a partir dos seis anos, somos medidos, auscultados, verificados, com tabelas, perguntas, exercícios e um leque vário de outras possibilidades.
Somos lançados ao mundo do trabalho e a avaliação periódica e sistemática termina. Ou pelo menos não é assim tão clara. Já não vamos «ver as notas» nem preenchemos uma ficha de auto-avaliação. Ficamos portanto perdidos entre o que pensamos, entre a opinião dos nossos colegas, aqueles que gostam de nós e aqueles que não gostam, e a tabela sempre cinzenta de quem manda, ou devia fazê-lo, mas que muitas vezes também não tem quem o avalie.
Pode pensar-se que o final da avaliação periódica da Educação e do Ensino é um atestado de maioridade e de liberdade. No entanto, longe daquele que acha que sabe tudo e pode ser, por si só, o seu próprio avaliador.
Apetece-me voltar à escola.