Tigre da Tasmânia

«Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida» C. Lispector

segunda-feira, abril 19

Um novo recomeço... eta barulhinho bom!

Fera Ferida
Roberto Carlos
Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos

Acabei com tudo
Escapei com vida
Tive as roupas e os sonhos
Rasgados na minha saída...

Mas saí ferido
Sufocando meu gemido
Fui o alvo perfeito
Muitas vezes
No peito atingido...

Animal arisco
Domesticado esquece o risco
Me deixei enganar
E até me levar por você...

Eu sei!
Quanta tristeza eu tive
Mas mesmo assim se vive
Morrendo aos poucos por amor
Eu sei!
O coração perdôa
Mas não esquece à tôa
E eu não me esqueci...

Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou Fera Ferida
No corpo, na alma
E no coração...

Eu andei demais
Não olhei prá trás
Era solto em meus passos
Bicho livre, sem rumo
Sem laços!...

Me senti sozinho
Tropeçando em meu caminho
À procura de abrigo
Uma ajuda, um lugar
Um amigo...

Animal ferido
Por instinto decidido
Os meus rastros desfiz
Tentativa infeliz
De esquecer...

Eu sei!
Que flores existiram
Mas que não resistiram
A vendavais constantes
Eu sei!
Que as cicatrizes falam
Mas as palavras calam
O que eu não me esqueci...

Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou Fera Ferida
No corpo, na alma
E no coração...

Sou Fera Ferida
No corpo, na alma
E no coração...

segunda-feira, abril 5

Recordá-lo com um sorriso

Dou por mim muitas vezes a pensar e a dizer: «O meu Pai adorava isto! O meu Pai faria aquilo!»

Seja comer um litro de gelado sozinho de uma vez, seja vibrar com o Sporting, perdendo ou ganhando, seja devorar cabeça de chara (só mesmo o meu Pai), seja ir experimentar a nova moda do bacalhau fresco, só porque sim e porque pensaria que a família iria gostar.

É bom poder recordá-lo com um sorriso. Alguém que nunca foi esquecido.

Há dias assim, que vêm mesmo a calhar

Hoje, a caminho do trabalho, depois da subida do alto do Monsanto, olhei para o sol que brilhava no céu sem nuvens e só pensei: «Obrigado!»