Tigre da Tasmânia

«Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida» C. Lispector

terça-feira, janeiro 6

O verdadeiro tuga

Ainda não entrou de facto em vigor a nova legislação sobre a utilização dos sacos de plástico nos supermercados (e taxados a 10 cêntimos segundo as novas regras) e à boa maneira portuguesa (para não dizer ‘tuga) já há quem esteja a tentar contornar a lei. Consta que estão a ser fabricados sacos que não se insiram na categoria que possam ser taxados pela chamada fiscalidade verde e assim passem incólumes ao novo imposto. Porque o que interessa é ser espertalhão e não ser socialmente responsável, neste caso por respeito ao meio ambiente.

Não está aqui em causa que o Governo queira impor mais um imposto (passando o pleonasmo) e arranje mais uma forma de sacar uns cêntimos. Por melhores intenções que tenha o ministro Jorge Moreira da Silva, o ministro verde, já ninguém acredita muito que foi essa a razão que levou à nova legislação.

O que está em causa é uma mudança (necessária) de comportamentos e uma tomada de consciência ecológica. Mas ninguém (ou quase) parece perceber que devemos pensar no planeta como um recurso esgotável e no mal que lhe estamos a fazer. Ninguém se parece importar com os sacos de plástico, uma das grandes pragas do mundo pós-moderno, que tem criado autênticas ilhas de lixo em alguns pontos do oceano por todo o mundo.


O que parece interessar é ser espertalhão e dar a volta ao Governo (e eu sou insuspeito para dizer isto…). Levar sacos de casa? Ter sacos biodegradáveis, os chamados sacos verdes? Optar por sacos de papel (como tantas vezes vemos nos filmes)? Não, o que importa é ser um verdadeiro tuga.

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