Fozeiro
Faz-nos falta em Lisboa a tranquilidade de um final de tarde passado na Foz do Douro no Porto. Colado numa espreguiçadeira, com a linha do horizonte limpa, só mar até Nova Iorque, uma nesga de areia e alguns rochedos, nem parece que a segunda cidade mais importante do país está nas nossas costas, agitada, frenética, caótica a determinadas horas. Faz-nos falta isso em Lisboa. Tudo é longe, o mar está fechado por uma hora de trânsito de caminho. Já não sabemos olhar o mar e fundirmo-nos com o azul e com a maré. Estamos a tornar-nos estáticos como o betão. Reinventamo-nos?