Tudo como dantes no quartel de Abrantes
Jornalismo de novo. Ao pequeno-almoço gosto sempre de ler um jornal ou uma revista. Um livro não dá jeito, com a sua lombada sempre demasiado colada.
Quando estou por Alvaiázere invariavelmente pego nas revistas antigas que por cá estão, a maior das vezes a 'Grande Reportagem', antiga publicação dirigida por Miguel Sousa Tavares.
É curioso verificar que os artigos publicados ma altura, na década de '90, as bocas, as citações, os protagonistas, enfim, os temas e o Portugal que tínhamos são quase igualzinhos e o país que temos hoje parece decalcado de há vinte anos.
A mesma pequena política, os mesmos disparates ditos e feitos, os mesmos atentados ao ambiente e aos direitos humanos, o mesmo 'diz-que-disse' e 'agarra-me se não vou-me a eles'.
Duma coisa ninguém pode acusar Portugal, que é o de ser um país incoerente. Aliás, ao ver 'Os Maias', o filme, e aqui já com mais de cem anos de distância, chegamos à conclusão que nada mudou e que o dia-a-dia e o quotidiano da chamada vida pública está na mesma.
Eça a olhar para o século XIX, Sousa Tavares a olhar para o final do século XX ou uma vista de olhos pelos jornais, rádio ou televisão do século XXI, tudo como dantes no quartel de Abrantes.
3 Comentários:
Olá, novamente. Desculpa chatear,mas tens mais algum sitio/blog onde publiques textos teus?
Obrigado! Abraço
Não chateias nada e só posso agradecer a visita. Não publico em mais sítio sem ser aqui neste 'canto'. Um abraço
Olá! Tenho vindo a ler os teus textos nos últimos dias. Mas ainda não consegui ler tudo. Revejo-me em muito do que escreves. Talvez seja por isso que tenho vontade de continuar a ler-te. É como se lesse a tua vida na minha.
Vou-te deixar aqui uma sugestão, se me permitires. Eu também gosto de escrever. Mas não publico. Nunca me deu para isso. Faço-o essencialmente como um exercício de libertação, uma vez que escrevo sobretudo sobre mim e sobre aquilo que me alegra, que me inquieta, que me aborrece. Mas não só.
Deixo-te então a sugestão de trocarmos "cartas", como aquilo que os nossos avós faziam no passado. Seriam cartas virtuais. O facto de sermos anónimos torna a troca mais interessante. Podemos dizer o que nos apetecer, sem receios nem medos.
Se estiveres interessado deixo-te aqui o meu e-mail que em tempos já usei para uma troca deste género.
correspondencia_virtual@hotmail.com
P.s. Não sou louco. E tenho uma. Mas escrever é uma das coisas que mais gosto. Hesitei em te sugerir isto, mas não há nada a perder ;)
Já que tens a moderação dos comentários activa, peço te para não publicares este comentário. Caso não queiras trocar "cartas". Entendo. Continua a escrever aqui pelo teu blog que eu gosto de te ler. Continuar-te-ei a visitar.
Um abraço e espero que até breve.
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