Tigre da Tasmânia

«Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida» C. Lispector

quarta-feira, dezembro 31

Grande Educador da Classe Operária

E de novo no metro… Um senhor chegou e perante um folheto em cima do banco deu-lhe um safanão e empurrou-o para o chão, sentando-se em seguida. Em frente estava um outro senhor com um menino ao colo. O menino apontou para o panfleto e disse ‘Alguém deixou cair!’ E depois apontou para o senhor ‘Foi ele!’ O senhor não reagiu nem o pai do menino. E quando o menino se preparava para dizer mais qualquer coisa o senhor levantou-se como uma flecha e foi-se embora.

O menino tinha toda a razão e apeteceu-me juntar a minha voz à dele. Muitas pessoas portam-se na rua ou nos transportes públicos como nunca o fariam em casa, deitando papéis para o chão, atirando maçãs roídas ou beatas de cigarros. Já por várias vezes estive tentado a chamar a atenção, mas depois penso que não vale a pena comprar guerras. A consciência ambiental já falou mais alto umas duas ou três vezes e as pessoas envergonhadas foram apanhar os papéis que tinham atirado para o chão. Mas como diz um livro conhecido, fazer isto todos os dias cansa.

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