Tigre da Tasmânia

«Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida» C. Lispector

quarta-feira, março 28

A caravela

E depois da tormenta de ver o outro lado do cabo tão próximo, tão ao meu alcance, de não saber se o vento me ia aguentar as velas, eis que consigo dobrar a terra e chegar ao outro lado. Estou em terra firme de novo. Ou finalmente talvez. Passou a ser de novo mais importante a menina que vejo no caminho a brincar com o gato ainda mais pequeno que ela do que o betão, os carros e as suas buzinas ridículas, o fumo dos escapes que matam o verde, as pedintes romenas que invadem o semáforo, o cinzento quase irrespirável. Estou de novo no bom caminho. O balão não rebentou mas agora atónito ainda não recuperou o fôlego. A seu tempo.

6 Comentários:

Às 7:03 da tarde , Blogger Rui Maio disse...

De vez em quando sabe bem respirar mais pausadamente e apreciar as coisas simples. Principalmente depois de alturas de muito stress!
Aos poucos vamos ao sítio!
Força!

 
Às 1:00 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

boa! :)

py

 
Às 5:42 da tarde , Blogger João Dias disse...

É preciso passar pelas tormentas para dar valor às coisas simples.

 
Às 5:48 da tarde , Blogger João Dias disse...

É preciso passar pelas tormentas para dar valor às coisas simples.

Abraço

 
Às 10:39 da tarde , Blogger XAyiDe disse...

Mon chér,

Mais um cabo dobrado, mais papões que espreitam. Porque somos gente de tormentas e de força assinalada, sorrimos sempre a olhar o último cais.

Beijo

 
Às 11:49 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Tudo faz parte do crescimento...

Observa simplesmente o que sentes.

***
Dark Moon

 

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