Papelinhos
Tenho tido muitas saudades de escrever. Vários constrangimentos me têm impedido de limpar a cabeça e soltar a mente para dar corda aos dedos. Daí resulta um pouco a forma como escrevo neste blog, muitas vezes em catadupa, aos tropelões e tropeções, com grandes entusiasmos e uma torrente de posts, ou com silêncio absoluto de vários dias. Em resposta ao mutismo, numa tentativa de recuperar terreno, coloco desenfreadamente cinco ou seis textos, o que só contribui para o ofuscar de cada um deles. É o resultado da montanha-russa que é o meu pensamento.
Para escrever cada texto estou muitas vezes a matutar em novas ideias, que vou escrevendo em papelinhos, espalhados aqui e ali, que juntos resultam num post. Pensando bem, era igualmente desta forma que fazia os exames na faculdade. Pegava na famosa folha de rascunho, escrevinhava cinco ou seis pontos e daí desenvolvia na folha de exame.
Esta história dos papelinhos recorda-me uma amiga minha de Braga que estudava em Inglaterra (e que agora está em Sydney). Na altura, ainda sem as facilidades do e-mail, trocávamos cartas. A minha amiga tinha a boa ideia de nunca escrever em papel comvencional, ou seja, as cartas que recebia eram sempre escritas em panfletos, guardanapos, bilhetes de autocarro, avião e metro, convites, embalagens de cereais e tudo o que lhe acorria à mão. Foram sem dúvida as cartas mais originais que já recebi e que com certeza davam algum trabalho (muito saudável) a ler.
Se eu pudesse o Tigre seria assim: um conjunto de papelinhos de mil cores e formas todos colados e numerados no ecrân do computador.
2 Comentários:
Prefiro a tua catadupa à ausência de vários dias. Já só faltam um dias, seu tigre da tasmânia! Lol
Subscrevo a deeper.
É bom ler o que escreves.
Beijos,
Dark Moon
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