Tigre da Tasmânia

«Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida» C. Lispector

domingo, dezembro 10

Where to?

Corro. Corro muito. Corro sempre. Estou sempre a correr. Os olhos postos no conta-quilómetros, a preocupação do atraso a gritar nos algarismos do relógio, as pernas a forçarem um passo de papa-léguas humanamente impossível de acompanhar.

O tentar chegar a todos, a todas as horas, a ânsia idiota de não deixar qualquer buraco a descoberto, de não falhar com nada nem com ninguém, assim mesmo, com quatro negativas seguidas.

E a derrota inevitável. Aquele espaçinho que ficou por preencher porque a vida é mesmo assim. Somos pequeninos e não podemos chegar a todo o lado.

O resultado são zangas, exigências, incompreensão por parte daqueles, de todos aqueles, daqueles todos que estão habituados a que não falhemos, todos os que nem sequer põem a hipótese disso acontecer.

Vá, só mais um esforço... Mais um.

2 Comentários:

Às 5:46 da tarde , Blogger A Sonhadora disse...

Olá sobrinhico...uma boa semana para ti..e uma beijão da sonhadora

 
Às 9:57 da tarde , Blogger Deeper disse...

Chama-se stress e é a doença do século XXI. Às vezes também me sinto assim, muito cansada, quando à nossa volta todos parecem exigir apenas mais um pequeno esforço. O ideal é tentar estabelecer prioridades, ou tirar umas férias num local paradisíaco. Devia ter pedido isso ao Pai Natal, mas por enquanto não tenho muita razão de queixa- ele já me trouxa uma grande prenda. Obrigada pela mensagem: és um querido! Bjinhos grandes - Deeper

 

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