Tigre da Tasmânia

«Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida» C. Lispector

terça-feira, setembro 6

Fim de cancro urbanístico em Viana à vista

Desde sempre, apesar de ser "alfacinha" convicto, detenho uma ligação muito forte com Viana, a Viana da Foz do Lima, a Princesa do Lima, a Viana do Castelo, com as gentes, com a paisagem, com o ambiente, com a atmosfera vianense.
Foi lá que passei grandes temporadas, que conheci algumas das referências da minha vida, alguns dos meus melhores amigos, foi lá que descobri muito sobre mim e sobre o mundo. É lá que (também) me sinto bem, junto de Santa Luzia ou da Praia do Cabedelo (uma das mais bonitas do país), à beira do Lima ou no bulício da Praça da República.
De lá, da Pastelaria Caravela, vêm os melhores croissants do país; as melhores Bolas de Berlim e os melhores "lanches" (ou merendeiras, como lhes chamamos cá em baixo) vêm do Sr. Baltazar, no Cais Novo, margem sul de Viana.
As melhores caminhadas são feitas pela manhãzinha, no tabuleiro ferroviário da Ponte Velha, ou então à noite, sob as estrelas na Praia do Cabedelo. Viana, como dizem os vianenses, "Viana é Amor!". A cidade é um ser vivo, que se ama como a uma pessoa. E como uma pessoa tem milhares de questões, de assuntos e problemas.

E um desses problemas é o Prédio Coutinho, um edifício de 13 andares implantado no Centro Histórico de Viana do Castelo, que destoa da média de 2/3 andares que nivela o resto da Cidade Velha.
Para além de não ser belo à vista de grande parte dos vianenses impede, segundo a opinião do Presidente da Câmara Municipal Defensor Moura, a candidatura da capital do Alto Minho à classificação por parte da UNESCO de Património da Humanidade, à semelhança de outras cidades portuguesas. Esta opinião é corroborada pelo Governo e pela Sociedade POLIS da cidade, que querem demolir a construção. Do outro lado da barricada está a Comissão de Moradores do Prédio Coutinho mais os 300 moradores do edifício, que se recusam a admitir a demolição do imóvel.
Parece que finalmente vai abrir o concurso público para a implosão do «Patinho Feio», os planos de reordenamento da área estão em marcha, as casas de realojamento estão prontas e se tudo correr bem no primeiro semestre do próximo ano Viana ver-se-á livre deste cancro.
Que sirva de exemplo aos milhares de arquitectos e construtores civis «patos-bravos» que abundam por Portugal. Como o Prédio Coutinho existem muitos mamarrachos espalhados pelo país à espera da determinação das gentes de Viana. Viana é Amor.

4 Comentários:

Às 11:45 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

 
Às 12:26 da tarde , Blogger Marco Oliveira disse...

Neste processo do "Prédio Coutinho" era importante saber se o construtor e os autarcas que autorizaram a sua construção vão ser multados.
Penso que eles merecem um castigo bem pesado.

 
Às 12:30 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

Está visto que neste blog só figuram os comentários que elogiam (bajulam) o Pedro. Tudo o resto sofre ordem de censura. Muito bonito... e viva a democracia!

 
Às 2:53 da manhã , Blogger pedro disse...

Se quiser fazer comentários construtivos e identificar-se é mais que bem vindo (a). Sob a capa do anonimato não obrigado.

 

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