Tigre da Tasmânia

«Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida» C. Lispector

quinta-feira, outubro 23

Flamencar

Depois da Carmen, chegou a vez da Carmina Burana pelo Ballet Flamenco de Madrid. A música é daquelas tão conhecidas e populares como um êxito do Caetano Veloso ou dos Beatles. A diferença está no andamento, no tablao, no ritmo dos saltos que marcam o compasso do flamenco. E também no 5,6,7,8… 1,2,3,4 que marca o ritmo da alma e nos faz perguntar do que é que somos afinal feitos e compostos.
Faz-nos pensar em acampamentos ciganos, em olhos verdes e pele curtida coberta por xailes e coletes negros, em redor de uma fogueira gigantesca.

Faz-nos pensar em castelos no alto do monte e em exércitos a galope com espadas e escudos a levantar o pó dos caminhos da Idade Média.

Faz-nos pensar em caldeirões de ferro e em bruxas e em cozinhados na penumbra de uma casa perdida na serra de pedra.

Faz-nos saber que somos portugueses, espanhóis, ibéricos, celtas, visigodos, lusitanos. Faz-nos ter orgulho de ter História.

1 Comentários:

Às 4:56 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Quando eu era pequenina, pedia muitas vezes ao meu pai para pôr o CD da Carmina Burana. Gostava tanto de ouvir aquela música. O que me faz lembrar que não a oiço há muito tempo...

:)

 

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