Lápis de carvão
Deixámos de escrever cartas. Trocámos (e trocamos) os lápis e as canetas por teclas todas iguais em todas as partes do mundo. Não cheiramos o papel nem sentimos a textura das linhas. O que nos escrevem agora num e-mail parece não ter o mesmo valor da expectativa, de algo que foi feito só para nós. Um «a» num teclado é sempre igual, sempre. Um «a» desenhado a lápis é sempre diferente, não há dúvidas sobre isso.
Num das últimas festas onde fui os donos da casa distribuíram postais com a morada já preenchida para que lhes enviássemos de volta, pelo correio, devidamente preenchidos. É um começo, um bom começo.
4 Comentários:
Olá
Há quanto tempo não passava por aqui... já tinha saudades!
Apesar de gostar de escrever no computador, por vezes sinto falta do cheiro das folhas e do toque das canetas!
Abraço
Concordo. Uma carta com verdadeiro cunho pessoal, caligrafia, tinta, sem copy and past and FW, a expectativa de romper o envelope e descobrir as novidades que por lá se escondem! Isso sim tem muito mais valor, porque é única e foi feita para (e só) para nós.
Ainda ontem dei comigo a pensar que tinha saudades de receber uma carta... gosto tanto!
Ir à caixa do correio e encontrar uma carta escrita especialmente para nós não tem explicação...é único
Mas enfim...tempo modernos as pessoas parecem já não ter tempo para parar e escrever...
É pena!
***
Dark Moon
O curioso é que a paixão inicial com o computador foi o facto de teclar textos. Adorava aquilo. Depois da escrita se ter tornado automática, em que nem olho para o teclado, comecei a gostar cada vez mais de escrever à mão.
Conta-me lá, sábio Tigre, se será traição ter as duas paixões? É que não raras vezes estou com uma perto da outra...
PS
Essas festas podem ser mal frequentadas... Mas, já agora, traz-me outra bohemia, sff
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