Casa velha nova
Gosto de casas antigas. Têm personalidade. Casarões com um sem número de portas, madeira com décadas de vida, barulhos e ruídos, estalidos, estórias para contar, pessoas que já cá não estão mas que deixaram a sua marca, cantos e recantos de um ser vivo. E naquela casa conheço finalmente o mais recente membro da família, o meu primo Diogo, nascido há cinco meses longe, bem longe, noutro continente mais a sul. Desde logo me encanto, e sei que é para sempre. Tomo-o nos braços, passeio-o por toda a casa gigantesca, observamos juntos os montes e serras que rumam a Espanha, conversamos, brincamos, quase que adormecemos quando chega a hora antes das refeições fartas da Beira. Estamos a ganhar fôlego, eu para as bôlas de azeite, para os queijos, para os enchidos, para as empadas, para o cabrito que afinal não chegou, para o caldo verde, para os doces, o Diogo para o biberon. Bem vindo bébé.
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