Tigre da Tasmânia

«Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida» C. Lispector

quinta-feira, maio 11

«Tens o calor da terra nos olhos, tens o amor nas mãos»

Porque não é todos os dias que escrevem um poema sobre nós...

Pedro

Como eu
Vejo-te, como eu
Porque és como eu
Carente, como eu
Só, como eu
Insatisfeito, como eu
Exigente como eu
Tu sonhas, como eu
Mas reages, como eu
E procuras, incessante
Buscas no horizonte
Unes-te no telúrico e voltas sozinho, como eu
Ilibado e consternado
Despojado, arrastado, levado, excruciado, mal amado e desolado
Só, como eu
És lindo, és vida e mar
Tens o calor da terra nos olhos, tens o amor nas mãos
Tens o mundo às costas e é um fardo pesado e só
Mas como eu, tens de o carregar
De o disfrutar no desalento da dor
Entre o suor, o sangue, as lágrimas
O pesar, o medo, o terror, o pânico, a incerteza e a eterna dúvida
Até chegar um dia melhor
Em que o sol brilhe e sejas feliz
Feliz como um dia o espero ser
E te ver.

ACC, Maio de 2006

2 Comentários:

Às 3:20 da tarde , Blogger Dad disse...

Lindo e triste poema de amor.

Espero que o Pedro e o poeta possam começar a ver a vida com outras perspectivas e ser mais felizes do que o corpo do poema diz...

Pedro, desejo mesmo que sejas feliz;que consigas agarrar a vida pelos cornos e transformar esse sentir triste do poema que é lindo mas depressivo.

Beijinhos ternos,
Dadinha

 
Às 9:26 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

Como...eu!!!
Beijo

 

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial