«Tens o calor da terra nos olhos, tens o amor nas mãos»
Porque não é todos os dias que escrevem um poema sobre nós...
Pedro
Como eu
Vejo-te, como eu
Porque és como eu
Carente, como eu
Só, como eu
Insatisfeito, como eu
Exigente como eu
Tu sonhas, como eu
Mas reages, como eu
E procuras, incessante
Buscas no horizonte
Unes-te no telúrico e voltas sozinho, como eu
Ilibado e consternado
Despojado, arrastado, levado, excruciado, mal amado e desolado
Só, como eu
És lindo, és vida e mar
Tens o calor da terra nos olhos, tens o amor nas mãos
Tens o mundo às costas e é um fardo pesado e só
Mas como eu, tens de o carregar
De o disfrutar no desalento da dor
Entre o suor, o sangue, as lágrimas
O pesar, o medo, o terror, o pânico, a incerteza e a eterna dúvida
Até chegar um dia melhor
Em que o sol brilhe e sejas feliz
Feliz como um dia o espero ser
E te ver.
ACC, Maio de 2006
2 Comentários:
Lindo e triste poema de amor.
Espero que o Pedro e o poeta possam começar a ver a vida com outras perspectivas e ser mais felizes do que o corpo do poema diz...
Pedro, desejo mesmo que sejas feliz;que consigas agarrar a vida pelos cornos e transformar esse sentir triste do poema que é lindo mas depressivo.
Beijinhos ternos,
Dadinha
Como...eu!!!
Beijo
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial