Tigre da Tasmânia

«Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida» C. Lispector

domingo, outubro 17

Cinco minutos na Basílica

Gosto de parar pela Basílica. Nem que seja um minuto. É ao lado de casa. É confortável. É impossível passar por ela sem a ver.

Mas é também um recanto de paz. Um janela, fechada ou aberta, para a confusão da cidade. Para as buzinas. Do eléctrico e dos carros. Para a poluição. Para as pessoas que falam alto. Demasiado alto.

A Basílica não é a casa de Deus. Ou de algo superior. Ou até de algo do nosso estatuto. Ou pode não ser. Não sabemos. Nunca ninguém saberá ao certo. Nenhuma igreja o será. Ou sinagoga. Ou mesquita. Mas é uma casa sagrada e espiritual. Não há dúvidas sobre isso.

Porque quem lá vai inevitavelmente pensa em Deus ou em algo. E reza. E ora. E medita. E toda essa fé concentrada confere valor ao local. Aí reside a verdadeira sacralização da casa.

E por isso me sinto bem. Pela energia de toda essa gente que vai à Basílica. Novos. Velhos. Gordos. Magros. Feios. Bonitos. Crentes. Não crentes. Portugueses. Espanhóis. Japoneses. Norte-americanos e alemães.

2 Comentários:

Às 10:12 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Muito bom!!!! Beijinhos da Lipi

 
Às 11:59 da manhã , Blogger Rita disse...

tens noçao q somos vizinhos e nc nos vemos???????????????????????????????????

 

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