Tigre da Tasmânia

«Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida» C. Lispector

quarta-feira, fevereiro 1

O subsídio de desemprego

Concorri aos estágios na Função Pública, no âmbito do programa PEPAP (Programa Estágios Profissionais na Administração Pública), tendo sido admitido em vários locais num grupo B. O grupo B é o conjunto daqueles que, na posse de todos os requisitos necessários, não estão inscritos no Centro de Emprego. Logo fiz o raciocínio. Ao proporcionar estes estágios o Governo consegue três objectivos: corta nos subsídios de desemprego, coloca profissionais a trabalhar abaixo do salário de tabela (que ronda os mil euros, contra os cerca de 800 oferecidos nestes estágios) e permite baixar a taxa de desemprego a apresentar em Bruxelas.

Outra questão se coloca… Será o Centro de Emprego uma verdadeira regalia? Quantos não trabalham por fora e continuam a receber o subsídio? Quantos não trabalham no estrangeiro, continuando a vir ao centro sempre que requisitados, e auferem na mesma o salário falseado? Será o subsídio de desemprego um conforto e uma ajuda nos tempos de maior aperto ou será um incentivo à fuga, ao relaxamento social? Quantos dos inscritos procuram de facto um emprego? E quantos ficam em casa, sossegados a gozar as contribuições dos outros cidadãos, à espera que o Estado trabalhe por eles na procura de um trabalho?

2 Comentários:

Às 6:07 da tarde , Blogger Rita disse...

Também n te candidaste ao Inov-Jovem??

 
Às 1:04 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Pior ainda é que agora parece que não há dinheiro para pagar aos estagiários...

 

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