Tigre da Tasmânia

«Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida» C. Lispector

quarta-feira, fevereiro 1

Os muros também se desmoronam

Ao estacionar o carro ontem perto do Lux, numa zona livre de parquímetros, saio do carro e veio-me o tradicional arrumador. Pediu a moedinha e eu como sempre disse que não tinha. Acho uma irresponsabilidade social alimentar este vício. O dito técnico de manobras automóveis chamou-me a atenção e disse que aquele espaço era dele há seis anos e que se eu quisesse que colocasse o carro no parque. Eu respondi que aquele era um espaço público e que ele, arrumador, não tinha qualquer razão ou argumento para me impedir. A conversa começou a descambar e a subir de tom até que o rapaz começa a choramingar, a dizer que ninguém o entende. Lá o confortei um pouco. Por vezes não entendemos que por trás das capas de agressividade e das máscaras de brutalidade existe alguém que está num estado de dor e incompreensão profunda. Estamos a enveredar por uma sociedade exclusiva e «exclusora». Façamos marcha atrás enquanto é tempo.

1 Comentários:

Às 6:09 da tarde , Blogger Rita disse...

E esse senhor arrumador n tinha um bom corpinho para ir trabalhar??? ou é alguma vergonha??? esses choradinhos cá a mim tambem me tocam, mas se pensarmos bem eles andam ali porque querem!!!!

 

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