Tigre da Tasmânia

«Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida» C. Lispector

segunda-feira, janeiro 2

A Avenida do Mar

Nos últimos tempos ando a pensar e a relembrar episódios e situações do passado mais longínquo. Deve ser da época, da mudança de ano, que nos deixa mais retrospectivos.

A última memória prende-se com uma casa de praia, que apesar de ser de praia ficava o meio do pinhal. No entanto, em cinco minutos, no final da Avenida do Mar, chegávamos ao dito e à praia. Paraíso na terra. Foi lá que aprendi a andar de bicicleta com a minha tia, foi lá que me ensaiei e aventurei sozinho de carro, que dei os primeiros toques mais a sério com uma raquete de ténis. Lembro-me dos passeios com o Átila, o meu primeiro cão, lembro-me da tosta mista e do sumo de laranja na D. Isaura, lembro-me do primeiro acidente com a bicicleta, que ficou no segredo dos deuses, lembro-me do cheirinho a pinheiros quando chegávamos, da areia pela casa toda no regresso da praia, da pele tostada ao fim do dia… E da família toda reunida, pais, tios e primos.

Tenho de passar por lá, embora aquele ambiente e espírito já viva só na minha memória.

1 Comentários:

Às 9:43 da tarde , Blogger Dad disse...

Recordar só serve para alinhar ideias. Não podemos olhar o passado de uma forma nostálgica! Vale mais programar o futuro com alegria e convicção!

 

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