Tigre da Tasmânia

«Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida» C. Lispector

segunda-feira, fevereiro 19

Mar de Luz

- Posso contar-vos uma história?

Os olhos gigantes, de um azul claro profundo como o mar, aproximaram-se de nós e colocaram em cima da mesa dois cubos pintados de aguarela.

- Abram.

Os olhos gigantes brilharam ainda mais que a luz do sol que invadia a esplanada do Castelo com vista para Lisboa. Lá dentro estavam dois fios com uma semente na ponta. Na semente as rugas formavam uma retina.

«É o vosso olho interior», disseram-nos os olhos gigantes. «É uma semente de uma árvore do Tibete».

Verdade ou não, a originalidade da história e da abordagem convenceram-nos a comprar os fios. Para ela funcionou como pulseira, para mim funciona como fio ao pescoço.

2 Comentários:

Às 8:56 da tarde , Blogger Héliocoptero disse...

Eina! Nem sei o que dizer... bonito momento :)

 
Às 12:58 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Se calhar é a Gingko biloba não? Uma árvore fóssil que só ficou preservada porque era considerada sagrada nos templos budistas. Há muitas em Lisboa, tem a folha como um pequeno leque, fendido (biloba). É dióica, isto é tem árvores macho e outras fêmea. Filogeneticamente é uma Gimnospérmica ou está mais perto das coníferas do que das folhosas. O fruto cheira muito maaal!

Bom mas não sei se é.

py

 

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